O desvirtuamento das eleições (I)
Desde que tenho memória de acompanhar as diversas eleições, terá sido iniciado, na legislatura de Cavaco Silva, aquando das últimas autárquicas antes das eleições legislativas que deram a vitória a Guterres, o desvirtuamento das eleições.
Porém, foi com Guterres que se iniciaram as consequências directas deste desvirtuamento. Nas autárquicas de 2001, que deram uma vitória esmagadora ao PSD de Durão Barroso, os cidadãos votaram descontentes contra o PS. As vitórias em Lisboa e Porto foram disso um verdadeiro testemunho. Por esta razão Guterres demitiu-se (quanto a mim, de modo gravoso para o País) e Durão recebeu de bandeja, e sem merecer, o poder.
Posteriormente, em todas as eleições intermédias os cidadãos procuraram castigar, quer Durão, quer Santana, só assim se percebendo a diferença abissal entre o PS e o PSD nas últimas europeias, quando em termos programáticos as diferenças eram mínimas. Já para não falar do desconhecimento das pessoas em relação ao que estava em discussão: a futura constituição europeia. Quando se percebe que nestas europeias PS e PSD conseguiram juntos cerca de 70 % dos votos, não se deveria compreender como é que em Portugal o Não à constituição europeia pudesse ameaçar uma vitória.
Quer isto dizer que nos últimos anos, todos os portugueses têm considerado todas as eleições como legislativas, querendo castigar o partido no poder. E a culpa está também nos partidos, todos, que enquanto na oposição procuram usar este método (o do “cartão amarelo”) para vencerem as eleições.
Para mim, esta é, neste momento, uma verdadeira ameaça à democracia. E esta ameaça trará consequências desastrosas, devido às pessoas que serão sucessivamente eleitas sem mérito, sem justificação, que não somente a vantagem de estarem na oposição no momento certo.
Porém, foi com Guterres que se iniciaram as consequências directas deste desvirtuamento. Nas autárquicas de 2001, que deram uma vitória esmagadora ao PSD de Durão Barroso, os cidadãos votaram descontentes contra o PS. As vitórias em Lisboa e Porto foram disso um verdadeiro testemunho. Por esta razão Guterres demitiu-se (quanto a mim, de modo gravoso para o País) e Durão recebeu de bandeja, e sem merecer, o poder.
Posteriormente, em todas as eleições intermédias os cidadãos procuraram castigar, quer Durão, quer Santana, só assim se percebendo a diferença abissal entre o PS e o PSD nas últimas europeias, quando em termos programáticos as diferenças eram mínimas. Já para não falar do desconhecimento das pessoas em relação ao que estava em discussão: a futura constituição europeia. Quando se percebe que nestas europeias PS e PSD conseguiram juntos cerca de 70 % dos votos, não se deveria compreender como é que em Portugal o Não à constituição europeia pudesse ameaçar uma vitória.
Quer isto dizer que nos últimos anos, todos os portugueses têm considerado todas as eleições como legislativas, querendo castigar o partido no poder. E a culpa está também nos partidos, todos, que enquanto na oposição procuram usar este método (o do “cartão amarelo”) para vencerem as eleições.
Para mim, esta é, neste momento, uma verdadeira ameaça à democracia. E esta ameaça trará consequências desastrosas, devido às pessoas que serão sucessivamente eleitas sem mérito, sem justificação, que não somente a vantagem de estarem na oposição no momento certo.
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